quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Ex/pres/sar




Um
Feio / ruim / louco / estranho
Pássaro / ovo / ninho

É assim que começa, é esse o filme. Ou ao menos o título! A vida é muito engraçada, às vezes. As pessoas gostam de brincadeiras de adivinhar, de ler os gestos e descobrir qual é o filme. Eu acho um tanto estranho.

A vida é uma brincadeira de mímicas! A gente tá sempre tentando dizer algo que não podemos ou não sabemos como falar. Algo que talvez não gostaríamos de sentir ou de nos importar. E aí nós sufocamos! Sufocamos em gestos e movimentos, em expressões físicas que as pessoas deveriam adivinhar. Pois é óbvio! Parece tão óbvio! Mas eles não querem saber o filme dessa vez! Então nos sustentamos apenas na atuação, sem mímicas, e sem Oscar!

Na realidade é mais difícil adivinhar, pois não estamos prestando atenção! E é essa a razão de errarmos. Não prestar atenção! Os gestos parecem tão desconexos. E não há risadas, barulho, palpites. É só você, tentando adivinhar, ou tentando que alguém adivinhe.

A gente não quer adivinhar!
Ninguém quer adivinhar!
Então brincamos de mímicas mais um vez... e deixamos o resto pra lá!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

30 minutes to save the world




Se deixe sofrer por 30 minutos, depois levante a cabeça e viva. Sobreviva. Não importa o quanto ainda doa.

Peça uma nova bebida e troque a cor dos cabelos. Ensaie de novo aquele sorriso da foto na estante.

Se deixe vestir sete vermelhos e sair. E sorrir! Não importa o quanto ainda precise ensaiar.
Seize the day!

Nada lhe será tomado. Nada lhe fará falta. Por 30 minutos.

Por 30 minutos você é aquela pessoa de novo. E você sabe bem como é isso.
E aí você pode voltar a viver!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Nothing's gonna change...

For nothing...

É sempre assim...

Eu brigo por nada...

Ele briga por nada...

Eles brigam por nada...

Brigamos por nada...

Todos por nada...

O nada se acumula...

Vira muito nada...

Vários nadas...

E eu não sei nada sobre isso...

Nada sei...

Nada entendo...

Nada posso...

Nada tento...

Nada me acalma...

E eu nada quero...

Nada passa...

Nada convence...

Nada sara...

Eu tento evitar tudo...

Acabo não evitando nada...

O nada segue...

E nada muda...

E eu? Que nada sou?

quinta-feira, 1 de abril de 2010


Tapar os olhos

Chove lá fora...

E aqui, tá tanto frio!


Em outros tempos... hoje eu me vestiria, com a roupa mais linda que eu encontrasse, com meu melhor sorriso, com as unhas coloridas e os lábios cheios de batom. Hoje eu sairia pra encontrar amigos, onde quer que os amigos estejam. Eu sairia pra ver gente, lugares, sorrisos, drinks, música e alegria. Que ironia...


Não é fácil encarar a verdade. Às vezes é melhor viver na ilusão. Aquela boa e velha ilusão de que se tem amigos. De que se tem boa companhia quando você quer simplesmente sair pra esquecer...


Eu preciso esquecer todas as músicas que estão cantando na minha mente! As lembranças, os sonhos, as mágoas... Eu preciso esquecer um pouco de mim! Do que eu sou, do que eu fui, do que eu jamais serei ou... terei!


Eu preciso me esquecer de que ponto me fez chegar até aqui!


Onde está a vida que eu abandonei? Por enxergar demais... Por enxergar que aquilo tudo não era verdadeiro. Dane-se! Eu quero de volta a ilusão! Eu quero de volta o “não enxergar”...


Eu quero de volta o direito de ser leviana, de gritar e chingar sem pensar em nada. De sentir ódio e rancor ao invés de simplesmente, relevar e compreender.


Eu quero de volta o direito de ser humana, de sentir dor, de ficar triste, de esperar explicações, desculpas, buquês de flores e declarações pelo perdão.


Eu quero de volta o direito de bater portas, de ficar de mal, de não querer conversar mais. O direito de chorar compulsivamente, e de achar que só eu estou certa no mundo.


Eu quero de volta o direito de dançar... De conhecer gente nova, de fazer mistério, de flertar com a vida! Eu quero de volta o direito de ser a menina que eu sou! De levar a vida que é minha! De fazer as coisas que são a minha coisa!


Eu quero de volta a paixão pelo perigo!

Sem riscos a correr...


Eu quero de volta a briga com a poesia!

Quero não saber escrever... novamente.

Quero de volta o direito de não ter mais o que escrever... Nem o que sofrer!

Não mais!




1° de abril de 2010
Ao som de: Elton John - Your Song

sábado, 9 de janeiro de 2010



"Somos tão jovens"...


Antigamente haviam amigos... festas.. bebedeiras... sorrisos... fotos e mais fotos...
Parecia que tínhamos o mundo em nossas mãos!
Hoje estou velha demais pras bebedeiras, pras intriguinhas de adolescentes, pra ir pra balada, pra tentar convencer de que somos amigos.
Estou velha demais para esperar que me ouçam, que me sintam, que sintam minha falta.

Eu sinto falta...

Os chás entre amigas que nunca tive. Os encontros no bar pra tomar tequila, fofocar e falar mal dos homens. As confissões daqueles segredos irresistíveis... As festas. As fotos de muitas festas. As ressacas de muitas fotos. Viagens, passeios, filme com brigadeiro. Eu sinto falta das amigas que não tive!
Porque, se eu as tivesse, seríamos únicas! Inseparáveis... e, mesmo assim, sem cobranças.

Hoje eu estou velha pra sentir falta! ... Até mesmo das ilusões de amigos.
Será que fui eu mesma que envelheci? Ou o mundo já não é mais o mesmo?

"Somos tão jovens... tão jovens..."
"Temos todo tempo do mundo."
"Não temos tempo a perder!"

Será que estou mesmo ficando velha e chata ou é o mundo que não vê?


(Laís Mendes, madrugada de 09 de janeiro de 2010)
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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009


Sorrisos vermelhos
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Não pode ser tão fácil! Entrar num quarto, feliz, e esquecer tudo... É preciso conversa. É preciso entender o problema! E é preciso uma primeira palavra pra isso!

A vontade é que eu diga tudo, explique tudo, diga o que fazer... Eu sei! E sei também que eu poderia fazer. Mas não pode ser tão simples! Eu não posso te obrigar a ver!
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Todas as lembranças e declarações rodeiam minha mente. A minha caixa de recordações está aberta, com todos seus vermelhos sorrindo pra mim. E me fazendo questionar: Será que o problema sou eu? - Eu não posso me sentir culpada por estar chateada! Isso já é demais para mim!

O acontecido aconteceu, passou, e, na verdade, o problema nem é esse! O que faz sofrer mais não é a falta das mãos, do abraço, da companhia... O que faz sofrer mais é a falta do olhar, das perguntas, das palavras...

Eu sei que eu poderia explicar tudo e cessar as lágrimas, transcender para uma nova etapa... Mas eu não posso! Não pode ser tão fácil! Não pode ser tão simples! Não pode ser tão rápido...

Precisa ser um parto! ... Doloroso, certo, limpo. E você precisa querer dar à luz!

Na verdade, dói muito mais em mim... Ver tudo claramente e me calar. Mas você precisa querer ver! Você precisa querer entender!

Eu posso entregar meus sorrisos aos seus vermelhos, mas as lembranças ainda estão lá, esperando por você.

E isso eu não posso te obrigar a ver!
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quarta-feira, 29 de julho de 2009


Disappear...

É só uma paranóia!
Uma paranóia... Como muitas que já tive antes.
Borboletas rondando a cabeça,
confundindo minha visão e embaralhando minha mente.
Não se preocupe assim por tão pouco, querido.
É só uma paranóia, e ambos sabemos disso!
Não me diga palavras por hoje.
Só hoje...
Só hoje, fique em silêncio comigo.
Não quero palavras repetidas,
nem promessas, nem sonhos, nem fantasias...
Hoje quero só o tempo, querido.
Só o tempo de confiar no tempo.
Eu sei! É só uma paranóia!
Você se vai e eu fico olhando enquanto some.
Eu sei que você irá voltar!
E todas essas palavras, hoje são minhas.
Tanto faz se já foram palavras antes.
Tanto faz se já foram ditas.
Hoje... são minhas!
Você se vai novamente e eu fico olhando enquanto some.
Todo mundo vê que você irá voltar.
Todo mundo vê você me abraçar.
E todo mundo diz que você me ama e que a gente tem tudo a ver.
E todo mundo diz que você é meu e que eu fui feita pra você.
Você se vai tantas vezes e eu fico olhando enquanto some.
Todo mundo sabe que você irá voltar.
Eu sei que você irá voltar!
É só uma paranóia!
Uma paranóia... E só!

[Ao som de Beyoncé - I am... Sasha Fierce]