segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Confraternização de fim de ano!

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Havia um nó em minha garganta. Um daqueles sapos bem grandes e gordos, estacionado, bem ali, por onde passava o ar que eu respirava. Aquele silêncio interminável, típico de quem havia falado demais. Era preciso manter o silêncio, parar de respirar, segurar qualquer movimento que fizesse com que eu piscasse os olhos e expulsasse as teimosas gotas de cristal alojadas por ali. Por que diabos eu havia falado demais? Já havia sobrevivido tanto tempo sem colocar aquilo pra fora, poderia muito bem continuar sobrevivendo daquela maneira. Mas de repente, num impulso de revelar tudo, o passado invadia meu peito e fazia com que a angústia falasse por mim. Eu nunca gostei de parecer frágil, nem de falar de sentimentos, fazer confissões ou desabafos. A vida inteira foi “eu e eu mesma”, juntas. Eu por mim e por todo o resto, apenas. A única pessoa que sempre esteve ali, me apoiando, me ouvindo, se importando. A única pessoa que sempre esteve comigo: eu! Pode parecer egoísta ou insensato, mas não foi uma escolha pessoal. Na verdade, as coisas foram acontecendo em seu próprio ritmo, exatamente aquele que me colocava alheia a tudo. Aquelas velhas perguntas que já vinham acopladas com respostas prontas, sem que você pudesse escolher dizer a verdade, sem o menor interesse no que você pudesse dizer. E eu, simplesmente, me acostumei a aceitar as respostas prontas e calar minhas verdades. E agora eu tinha acabado de descarregar todo o ódio que me impedia de ser uma pessoa satisfeita. E eu sabia que jamais seria. A felicidade jamais existiria! Então eu simplesmente confessava que era fraca e covarde o bastante para viver uma vida de enganos. Todos os meus pequenos crimes estavam ali, vagando sobre nossas cabeças. O passado, mais uma vez, me atormentando, com todos os seus fantasmas e cheiros. Cheiro de mofo, cheiro de sangue, cheiro de sal. Aquela cor opaca e repugnante. E aquele gesto inevitável de olhar pela janela para fugir dos olhos que me fitavam sem entender o “eu-revolta” que acabara de se apresentar de forma estonteante e devastadora. Na verdade, é muito simples. Bastava entender que eu estava na esfera errada. Bastava aquele momento não ter existido. Eu continuava a ver luzes de natal voando pela janela. E sentindo aqueles olhos atordoados a me seguirem. Era mais fácil continuar sem mostrar meu abismo interior. A vontade era desaparecer, virar pó. E agora vejo que essa vontade não desapareceu, mas inundou-me e tomou conta de tudo. Porque os sapos se multiplicam e a lagoa se torna cheia. Por vezes, eu não sei o que faço comigo.

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domingo, 21 de setembro de 2008


Caos e Poesia


Muitos são os caminhos que a gente tenta pra chegar no fim do arco-iris
Sem nem saber se o fim existe, ou se está próximo
O fim de uma caminhada, de um tropeço, de um qualquer coisa que te cerque...
O fim...

Eu não vou esperar pelo homem que me faça ver estrelas!
E não vou contar as horas pra saber se fui eu quem errou a vida inteira!
Eu não vou ser a garotinha perfeita pra sempre... pra qualquer um... por qualquer coisa...
Eu fiz o bastante pra saber dos meus fracassos e das minhas vitórias
E pra saber o que eu posso e o que não vou querer jamais poder

Eu não vou esperar pelo homem que me faça acreditar...
Não vou esperar pelo homem que me dê amor,
Que me olhe com olhos apaixonados,
Que faça de mim a única mulher do mundo...
Eu não vou esperar pelo homem que me dê aquilo que eu quis a vida inteira...
E eu não vou esperar que você seja esse homem pra mim!

A gente tenta muita coisa sabendo que não vai dar certo...
Mas a gente tenta!
Mete os pés pelas mãos, dá murros na ponta da faca, mete a cara no chão por mergulhar de cabeça num mar de poeira...

Eu não vou esperar que as coisas mudem...
E ninguém precisa esperar de mim grandes ideais!
Nem grandes amores, grandes vontades, grandes sonhos ou grandes esperanças...
Eu não sou a menina que vai sonhar pra sempre
Nem a mulher que vai abrir mão de seus sonhos
Eu não sou a pessoa que vai se destinar a algo exato
Porque eu sou um ser mutável...!

Eu não vou esperar de ninguém o meu porto seguro
E não vou me candidatar a Madre Tereza de Calcutá!
Eu não vou misturar o meu amor por mim com as minhas vontades
E não vou ficar contando fracassos e nem curtindo fossa
Amarrando as minhas angústias ao me cansaço
Esperando algo real e lindo de fato

Eu não vou ser o que você espera de mim
E não vou esperar nada de você, nem de ninguém
Eu não vou tentar ser a garota certa
Nem vou evitar ser a toda errada

Eu não vou fingir ser alguém que não sou
E não vou evitar ser todo o caos e a poesia que existem em mim
Com todos os meus crimes e castigos..
Uma mulher louca...
Mas, com certeza, uma grande mulher!
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That's the way I like it!
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(ao som de Maria Taylor)

sexta-feira, 19 de setembro de 2008



É mais ou menos assim:
Você sabe que cenoura faz bem pra sua saúde
(e é até gostoso!)
Mas batata-frita dá uma vontaaaaaaaaaaaaaaaade!!!
:P
hauhauhauhauhauahuaha

sábado, 16 de agosto de 2008

Collide

...

Como é que pode alguém ter tanta vocação para o Caos?
É o maldito oceano...
Você está cansado de saber que é o maldito oceano, mas você não pára.
O mar parece ainda estar longe, mas não importa.
Tudo o que você quer é sentir que as ondas vão em suas pernas por um tempo.
Como se isso te aliviasse de qualquer coisa presa em sua mente.

Você se aproxima e sente o sal dançando ao seu redor.
No vento que te leva...
Por você se deixar levar.

É o maldito oceano...
Perigoso, voraz, pronto pra te devorar e deglutir.
É o maldito oceano e você não se importa.

Quanto vale um segundo no tempo dos homens?
Quanto vale um segundo a deriva?
Quanto vale um segundo jogada no oceano, sem saída?

As ondas gelam seus pés naquele movimento insano de vai e volta.
A vida dá voltas e isso também é insano às vezes.
De início a sensação de vertigem
Você não sabe se é prazer ou medo do mar.
Se é um anjo que te guia ou uma alerta pra não se afogar.
Às vezes parece que a vertigem nunca vai passar,
mas você não se importa.
Tudo o que você quer é se jogar a mais uma aventura louca e irresistível.
Porque você gosta de dançar com o perigo.
É o maldito oceano e isso não parece fazer sentido.

Tem luas que te transformam num bicho...
Um animal indócil e sem juízo.
E você aceita o jogo.
E veste seu personagem.
E brinca com o Caos pra ver quem pisca primeiro.
É melhor você não piscar!
Porque o mar é perigoso e às vezes você não sabe nadar.

É uma dança lívida, sem ritmo, sem cor, sem tempo...
É uma dança bandida, química...
Que extasia, e vicia!
Que deixa louco pra saber dançar, pra continuar a brincar.

É o maldito oceano e você não parece se importar.
Você sabe que vai se afogar
Sabe que não pode brincar com o Caos sem se machucar
Mas você não se importa!
Tudo o que quer são alguns segundos mais.

É o maldito oceano...
Você está cansado de saber que é o maldito oceano...
Como pode alguém ter tanta vocação para o Caos?
Como posso caber em tantas besteiras de mim?
Talvez eu só não queira morrer assim!

...
(Ao som de Howie Day, especialmente Collide, e Lifehouse.)

terça-feira, 22 de julho de 2008

Juntando os pedaços



É assim toda noite de lua cheia. Eu fico louca pra voar, atingir o infinito, abraçar o mar. Eu me visto e me olho no espelho várias vezes. Meus olhos parecem ferver na vontade insana de ver o mundo. Eu me troco e me contorno várias vezes. Pergunto ao espelho se estou bem. Ponho salto alto e brilho nos lábios. Perfume e anéis variados.

É assim toda noite de lua cheia. Verifico o telefone, se vai tocar. A janela, se o carro vai chegar. Eu faço pose e mudo o cabelo várias vezes. Converso com o espelho esperando o tempo chegar. Saio na procura por paixão em algum lugar.

É assim toda noite de lua cheia. Várias pessoas, várias estrelas. Eu olho pros lados procurando o que eu não sei. Meus olhos não enxergam aquilo que eu sei. E a noite vai ficando fria, como toda noite de lua cheia. O coração aperta e dá vontade de ir pra cama, esconder debaixo da coberta e ficar ali. Toca uma música bonita e eu canto alguns trechos da minha vida. Eu olho pros lados, mas a procura é vã. Um amigo me abraça pra dizer que não está lá. O que eu procuro... nunca vai estar!

É assim toda noite de lua cheia. Alguém precisa ter um jeito de me proteger. Me pôr no colo e me levar pra casa. Esperar por mim quando entro com passos calmos no meu quarto, pra dizer que ta tudo bem quando não está. Eu tiro minha máscara e me jogo na cama. Procuro ter pra quem ligar, perco aquele olhar... Olhar de lua cheia no início da noite. Espalho as roupas pelo chão, ignoro o relógio que diz que já é tarde.

É assim toda noite de lua cheia. Deito em minhas metades, pra ver se fico inteira ou continuo meia. Aumento as cobertas pra ver se o frio some. Deixo que meus olhos descansem do que eles não viram. Deixo que a música toque em mim e me deixe sentir.

E agora... Eu sou! Não é mais lua cheia, nem noite fria, nem procura insana, nem ligações tardias. Sou eu... e só!


(Laís Mendes - maio de 2008)

domingo, 8 de junho de 2008

Metades Unidas Por Uma Nova Bebida



De copo vazio e alma repleta

O copo está vazio e a alma está cheia de sede.
O caos é a ousadia de tentar algo novo.
Fugir da simplicidade e do medo.
Fugir das metades...

Todo dia as mesmas coisas.
O caminho é o mesmo,
As mesmas pessoas...

Por alguns instantes o motor parece novo
Mais ágil, mais potente...
Carrega a responsabilidade de tal imagem.
Todo o peso do mundo nos ombros
Erguidos, para impor respeito.
Como se ele viesse numa dessas caixinhas presenteáveis.
Com lacinhos na tampa
E papéis picados por dentro.

O copo está vazio e a alma está transbordando de sede
A dor e a delícia de novos anos.
De novas linhas, novos olhares...
De situações novamente clichês.

O copo está vazio e a garrafa está cheia de alma.
E a alma está cheia de sede.
E a sede é imediata e impaciente
Como febres ardentes que não conhecemos a causa
No meio das noites insones e das festas badaladas.

O copo está vazio e as metades estão cheias de alma.
Pronta para uma nova bebida.
Pronta para uma nova vida.

O copo está vazio e o vazio está cheinho...
De alma, de sede, de paixão...
De loucura por metades mais cheias
Por sonhos e almas mais etéreas.
Por loucuras mais loucas e por almas mais cheias de vida e de paixão.


(Laís Mendes, Junho de 2008)
>>>
Ps.1: Muito tempo sem postar, louca de saudade do blog! Mil desculpas aos meus leitores e amigos! O tempo anda curto, mas prometo não sumir de novo!

Ps.2: Ando escrevendo compulsivamente de novo. Logo logo o blog estará tilintando de novos textos!

Ps.3: Tô de blog novo! Agora, junto com um amigo escrevo no *°*
Filhos da Sua Mãe. Confiram!


Ps.4: O copo está vazio e esperando por uma bebida mais apaixonante. E que ela não seja de forma alguma vodka né?! rsrsrs

...

Alguém tem um amor novinho aí pra mim? ;)


sábado, 10 de maio de 2008

Mais uma Dose



“Há algo pra dizer sobre o copo meio cheio
Sobre saber quando dizer quando
Eu acho que é uma linha pontilhada
Um barômetro de necessidade e desejo
Depende exclusivamente de cada individuo
e depende em que é servido.
Algumas vezes tudo o que queremos é provar
Outras vezes não há aquela coisa de "suficiente"
O copo não tem fundo.
e tudo que queremos...
é ainda mais.”

(Meredith Grey – Grey’s Anatomy; Season 2; Episode 2)



Havia muito barulho na mesa, todos conversavam, riam e bebiam à vontade. Os copos se esvaziavam e se enchiam rapidamente, como se não houvesse todo um processo por traz disso. E realmente nunca houve. Esvaziar o copo é muito fácil!

Eu estava ali, em meio ao furacão, tentando descobrir quando é que ele iria me engolir. Olhava para o meu copo e parecia ler minha vida. Há algo sobre os copos... Sobre as bebidas e os processos... Eu ali, em meio ao furacão, tentava descobrir se o copo estava meio cheio ou meio vazio. O copo estava pela metade, disso não se podia duvidar.

Se o copo estivesse meio cheio, eu devia beber tudo de uma vez e acabar com esse excesso que me faltava. Esvaziar o copo de uma vez, antes que a metade cheia me enchesse por completo.

Mas se o copo estivesse meio vazio... Talvez eu devesse beber tudo de uma vez e acabar com essa falta pela metade. Esvaziar o copo... Pra não ter que conviver com partes de um todo, antes que a metade vazia me fizesse perceber que o copo já estava vazio.

Eu ali, perdida em meio as minhas divagações sobre o inteiramente vazio, o vazio pela metade, o cheio de vazio ou de metade... E os copos se esvaziando e se enchendo...

- Laís????

- anm?

- E então? Posso te servir?

Ele estava ali, parado, enquanto eu olhava meu copo meio alguma coisa e pensava se devia aceitar ou não. Ele era bonito, atencioso... O copo era meio vazio, meio cheio...

- Acho que por enquanto não... Você entende né?

Olhei em seus olhos e ele me sorriu, como se soubesse de todas as minhas dúvidas e que eram todas tolas. Como se soubesse que no fundo do copo, eu não sou metade boba, sou boba em minhas metades, nas metades dos inteiros que eu sinto. E realmente ele sabia!

Há uma grande verdade sobre o copo pela metade: ele não está completo. Na verdade, não interessa se o copo está meio cheio ou meio vazio. O que importa é que não é o suficiente. Tem algo sobrando, ou muito faltando, mas, simplesmente, não é satisfatório! Talvez seja melhor esvaziar o copo antes de enchê-lo com outra bebida, talvez seja melhor deixá-lo inteiramente vazio...

O copo pela metade não é o suficiente. Nunca é o suficiente! Porque sempre queremos um copo transbordando... de alguma coisa. Queremos sempre mais uma dose... de vinho, de paixão, de vida...

Se o copo está meio cheio ou meio vazio? Está totalmente vazio! Porque beber em doses homeopáticas não funciona! Não é o suficiente! E essa é a única verdade sobre os copos, as metades e os desejos.

“Mais uma dose?
É claro que eu to afim!”


(Laís Mendes, 10 de maio de 2008)






*Ao som de Daniel Powter
*O texto é apenas uma ilustração da realidade, mas não quer dizer que eu não faça isso! ^^

domingo, 27 de abril de 2008

Limpando o armário



Algumas coisas precisam ser jogadas fora, deixadas pra trás. O caminho precisa continuar. E certas coisas... apenas precisam ser jogadas fora.

Isso significa aceitar o vocabulário dos adultos e perceber que o “fácil” não existe. Mas, ainda assim precisamos fazer o certo.

“Um homem precisa fazer o que um homem precisa fazer”. Não me lembro mais onde foi que eu vi isso, mas era sobre “fazer a sua parte”. E a sua parte é, antes de mais nada, jogar certas coisas no lixo. É a minha parte!

Abandonar todos os livros que não consegui terminar, os que não soube começar e os que não gostei do final. Abandonar a capa-padrão que eu criei e o estilo em que enquadrei minhas obras. O estilo em que me enquadrei.

A minha parte é jogar fora os rascunhos... As partes pequeninas de inteiros que nunca existiram. Porque o todo pode ser apenas uma parte, mas uma única parte nunca será um todo! Jamais será o suficiente.

Certas coisas precisam ser jogadas fora... Aquelas palavras que não se encaixaram em nenhum texto e ainda vagam, desconexas, por algumas páginas coladas, escondidas. Aquelas palavras que nunca foram escritas, se resumindo a pensamentos hipotéticos de como a história poderia ter sido.

O livro foi escrito. Lido. Jogado fora!

É hora de prever o tempo e escrever uma nova história. Dessa vez, com algumas coisas jogadas fora. O romance-ficção-científica, a previsão dos ventos e pra onde devem ventar, os nomes artísticos que podemos dar... É só atirar umas flechas... Relaxar, e escrever uma nova história. Sem mocinhas presas em castelos, sem sapos disfarçados de príncipes, nem príncipes disfarçados de sapos.

“Certas coisas têm que ser jogadas fora”.

E então eu não serei mais “a garota do tempo”, e sim, uma grande escritora de novas histórias.
(22 de abril de 2008)

Contexto: O sol de cada manhã, com Nicolas Cage.

domingo, 30 de março de 2008

Ouça... Pense... Olhe... Sinta!


Na volta pra casa a gente percebe o que aconteceu.
As coisas ficam mais claras, mais nuas...
E a nudez te faz sentir desprotegida!
As pessoas vêem coisas demais...
Mas, na verdade, elas não enxergam nada!

O beijo que você deu foram passarinhos cantando na janela...
E aquele olhar diziam coisas de quem não sabe o que dizer...
O medo é maior que qualquer besteira...
E as besteiras não são tão besteiras assim...
Um abraço fala mais que qualquer coisa...
E os abraços curam qualquer dor...
Um não é um
não!
Um sim talvez não seja um sim!
Quem sabe o que se passa de verdade?
Quem se importa de verdade?

Na volta pra casa as coisas ficam mais “coisas”...
Como um passado recente que parece passado há tempos...
E falando em “há tempos”...
Há tempos”...
Há coisas...
Há dores...
Amores...
Alegrias...

E quer saber?
Eu não quero mais saber de nada!
Se você pensa... Pense!
Mas antes de pensar, SINTA!

Porque quem não sente nada...
Simplesmente não É nada!



Obs.: Falta nexo? Pra mim não! Respostas de perguntas que não foram feitas... Talvez eu não me identifique tanto assim...

domingo, 16 de março de 2008

Entre eu e eu mesma



Imagem...
Essa é a palavra do dia!
Porque eu sempre fui uma pessoa que se preocupou com sua personalidade, mandando pro espaço qualquer tipo de comentário superficial, ou seja, a “imagem” que os outros fazem de você.
Porque o que os outros pensam de você, não é o que você é! E, por vezes, você não é nem mesmo o que você pensa de si!
Mas hoje eu tive uma visão diferente. Que imagem... às vezes é importante! Porque não adianta você ser a pessoa correta, ou tentar fazer as coisas corretas. O que as pessoas levam em consideração é se você parece correto ou não! Se você age feito uma garota puritana, conservadora, tímida... Mais do que se você realmente o é!
Eu sei quem eu sou! E eu sei o que eu faço pra me preservar!
Eu sei tudo o que eu já fiz... Tudo o que eu nunca vou fazer...
E eu sei o respeito que eu mereço!
Portanto... não me julguem! Não me enquadrem em estereótipos...
Eu não sou o que vocês pensam de mim!
Nem tampouco sou uma pessoa diferente de tudo isso!
Só não me imaginem sem coração...
Porque até a pessoa mais risonha, mais tranqüila, mais racional do mundo... pode ter sentimentos!
E eu os tenho!
Que isso fique bem claro!!!
Me recuso a me importar mais com imagem do que com caráter.
Mas ainda me importo muito com palavras.
Eu não sou um tipo!
Não sou uma louca como qualquer outra...
Inconseqüente... Displicente...
Sou apenas uma criança de olhos deslumbrados e apaixonados.
E crianças merecem atenção!

Laís Mendes
15/16 de março de 2008
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Ao som de Ingrid Michaelson (again, and again, and again...), música perfeita: The Way I am
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"Cuz I love the way you say good morning.
And you take me the way I am."

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Quando a lua beija o mar



Eu estava debruçada na sacada do terceiro andar, com o olhar perdido, apenas olhando a vida acontecer ao meu redor. Embora o silêncio reinasse soberano, coisa que muito aprecio, parecia que uma música leve e bonita se estendia, e aumentava o volume e a sensação que me era transmitida. Eu estava perdida em pensamentos... Apenas tentando enxergar um pouco mais de paixão em tudo. Porque a falta de paixão é o que me incomoda... sempre. É a razão de todas as outras angústias.

Ele estava caminhando lá embaixo. Em direção às escadas. Seus passos eram calmos, distraídos. Olhando de longe, pareciam sem impacto algum. Eu podia ouvi-lo subir as escadas. Na minha mente havia até o barulho da sua respiração, que fazia com que eu respirasse mais rápido e intenso. Quando eu fechava meus olhos era tudo mais nítido: o cheiro, o gosto, o toque... Mesmo que eu nunca tivesse sentido.

Seus passos calmos chegaram. Passaram por mim sem nada dizer. E enquanto eu me perguntava por que ele não tinha dito nada, uma frase meio desligada:

- Ei Dáli! Vamos à praia?

Ele me chamando de Dáli era como um anjo sussurrando em meus sonhos. Porque uns me chamavam de Lilah, ou Dalilah. Mas Dáli... Só ele!

- Praia? Agora? Pra quê? (Aquele misto de confusão e surpresa de sempre. Que te faz dar mil respostas e resposta alguma.)

- Ah! Só ir à praia... Se você não quiser...

- Não! Vamos sim!

No caminho havia um bosque. E macaquinhos saltitando entre as árvores. Já era fim de tarde e logo o sol ia se pôr. Que diabos eu estava fazendo ali? Conservando mais uma esperança tola e me consumindo em sentimentos inúteis?

O mar estava lindo. Eu segui em direção a ele anestesiada, sem nem reparar que Eduardo não tinha me seguido, me olhando de longe. Eu comecei a andar por ali... molhando os pés na água calma e ao mesmo tempo furiosa.

- Você vai ficar aí parado?

Ele me sorriu e veio andando... Desfilando pelas areias claras. O sol estava se pondo e eu olhei pro céu maravilhada. As cores... Laranja... Lilás... Tudo tão quente e lindo.

- Olha!

E enquanto eu o convidava espontaneamente a olhar pro céu, mal notei que ele olhava pra mim. Então ele me segurou pela cintura, parou os meus olhos nos dele, por uns segundos eternos que eu não sei explicar.

- Dáli... Eu não te chamei aqui a toa!

Eu não precisava de mais palavras. Não havia mais o que se falar. O mar já estava dentro de mim e a lua surgia dos lábios dele. Um vento. Um arrepio. O beijo!
...
^^

P.s.: O povo gosta é de romance, entãaaao.... rsrsrs
O texto demorou mas saiu!
......
> Post de hoje dedicado ao MH, uma gracinha de pessoa que anda visitando meu blog e que me presenteou com minha primeira indicação "É um blog muito bom sim senhora!". Pra ele, que tem um blog hilário (o qual EU RECOMENDO), um texto sem sapos e sem palhaços. Dessa vez, um final feliz! rs

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Um momento antes de “baixar a guarda”...


É isso aí!

O cara chega pra você num momento insano e desesperado e diz que está apaixonado.

- Mas é verdade! Acredita!

E você, num momento insano e desesperado, tenta convencê-lo de que não, ele não está apaixonado por você. (Tá! Isso parece mais um momento idiota do que insano)

- Mas Dan, não é isso! Você ta confuso...

- Eu não to confuso, amor. Eu to apaixonado! Sempre estive!

Iiiiih... O cara já ta te chamando de “amor”. Mau sinal! Ele mal descobriu que está apaixonado e já te chama de amor e diz que quer se casar e ter três filhos. Ai meu Deus!!!!
Aí você faz aquela cara de quem sabe que não adianta argumentar, mas também não sabe o que fazer. É isso aí!!!

Pera aí... É isso aí o quê?

É isso aí que ele quer. Que você fique sem ação. Daí é apenas um pequeno passo pra ele se aproximar, te envolver com aquele perfume dele (que sabe que você adora), te desarmar num beijo perfeito e depois partir completamente o seu coração.

Será que eu to sendo dramática demais?

Talvez um pouco neh?!

Tudo bem! Talvez eu esteja sendo muito pessimista. Uma pobre garota traumatizada por relacionamentos passados que não consegue abrir seu coração novamente. (Santa babaquice!!!)

Talvez o garoto esteja sendo sincero, falando seus mais profundos sentimentos, se declarando...

- Linda... Eu só quero você!

Ah! Que fofo... Eu poderia dizer que esse “linda” ele diz pra todas, e que esse “só” foi apenas pra te persuadir, porque, na verdade, ele quer você e a torcida da seleção brasileira. Maaaaaaas... Eu estou sendo compreensiva, lembra?

Então você se desmancha naquele olhar de cachorrinho abandonado dele, aquele jeitinho de garoto que pede colo (no caso, pede beijo!). Ele se aproxima, te envolve com aquele perfume e te dá um beijo perfeito... Depois ele fica abraçado a você como se o mundo tivesse sumido. Diz algumas besteirinhas românticas, e você acha lindo.

Aí você vai pra casa apaixonada. Ele vai pra casa “apaixonado”. E vocês não falam mais no assunto.

Ele começa a agir feito um idiota e você descobre que, na verdade, aquilo foi um momento insano e desesperado.

E que, na verdade, ele não estava apaixonado.

E então você volta a chamá-lo de Daniel. ^^

Báh!!! Garotos perfeitos só existem em filmes perfeitos que fazem a gente sonhar com contos de fadas.

É isso aí!!!

Então... Wake up!

Antes que um desses príncipes do Paraguai te enlouqueça e te transforme numa “pobre garota traumatizada por relacionamentos passados que não consegue abrir seu coração novamente”.

Santa babaquice!

hahahahahahahahahaha


Trecho de música do dia (pra se usar com um desses principezinhos de araque): Semisonic - Secret Smile
“So use it and prove it! Remove this whirling sadness.” (Então use-o e prove-o! Remova este turbilhão de tristeza) ^^

domingo, 27 de janeiro de 2008





“All The Lost Souls”


Quem pode saber o que se passa no interior do mundo?

E no interior de uma pessoa? Será que alguém arrisca um palpite?

Às vezes, a gente pensa que conhece as pessoas, e o que elas querem da vida. A gente pensa que um ou outro é feliz... Porque ele tem amigos... Porque ele tem sucesso... Porque ele realizou seu sonho... Porque ele sorri...

Mas... quem pode dizer se é o bastante? Por mais que nossas mentes prepotentes bolem mil teorias, a gente nunca conhece a alma das pessoas. A gente nunca sabe o que realmente se passa.

O mundo gosta de especular sobre o que leva as pessoas aos atos desesperados. Pessoas, aparentemente, com uma vida maravilhosa. E, de repente, como uma tempestade que não foi prevista apesar do céu estar escuro, parte da verdade se mostra. A parte da verdade que a gente não quis ver.

Atos desesperados nunca são isolados. São frutos de uma alma que chora. Mesmo que ninguém saiba, mesmo que ninguém entenda o porquê.

Ela é linda! Sorri como um anjo. Tem mil olhares a sua volta. Mas se sente sozinha. Parece uma daquelas meninas que todo cara se apaixona. É inteligente, divertida, espontânea. Ela só não entende como as pessoas não conseguem ver através da máscara. Como não é tão explícito o modo com que ela grita e chora com os olhos sempre abertos.

Ele é o cara que faz sucesso com as meninas. Sai sempre de carro pra lugares badalados. Finge que não sente nada pra não lembrar como dói sentir. É um daqueles caras que não se apaixona, não namora, só festeja. É engraçado, feliz e adorável. Ele só não sabe como esquecer a desilusão. Como se abrir novamente.

E a gente convive com pessoas assim o tempo todo e não percebe. Porque a gente não tenta enxergar a alma de quem ta por perto... Só a cor dos olhos ou da camisa. A gente vê o sorriso, mas não vê a falta de brilho no olhar. E depois se pergunta por que desesperar.

Ele era um ator em ascensão. Conquistando um espaço grande no que talvez fosse seu sonho. Ele era charmoso e atraente, o que fazia dele um galã. Seu nome estava correndo por aí, comparado a uma das maiores promessas do cinema. Era jovem, rico, bonito, idolatrado... E agora o mundo se pergunta o que aconteceu.

O que muitas vezes pode parecer um sonho, pode não ser o suficiente. Você pode ter tudo aquilo que muitos querem, mas pode querer apenas estar longe de tudo.

E o que se passa no interior de uma pessoa?

Quem pode dizer se é o bastante?

Será que alguém arrisca um palpite?



* Texto ao som de James Blunt.
* Título tirado do último cd do cantor.
* Destaque para a letra de “Billy” :
http://letras.terra.com.br/james-blunt/464878
* Fotos exibidas no site Ego.

*** Em homenagem ao ator Heath Ledger. ***

domingo, 20 de janeiro de 2008

Nada além de uma canção...


Tiago Iorc - Nothing But a Song

I read your mind a thousand times
Exempt myself from alibis
Surrender to me softly
You're trying to find a different side on me

You see this life
As nothing but a song without no rime
Hum dap dararah
Hum dap dararah oh

Devote myself with compromise
Selfishly lying, giving bad advice
Surrender to me once again
You're trying to find a boy inside a man

You ask me why
We suffocate our lives beneath the sky
Hum dap dararah
Hum dap dararah oh

Maybe we're losing all reason in our silly fights
Maybe this time it'll seem right
I wanna tell you ‘bout
The day we first met and
How I feel when you're holding me tight
Oh, and how you've changed my life
Hum dap dararah
Hum dap dararah oh
Nada Além De Uma Canção

Eu leio sua mente mil vezes
Me isentando de álibis
Entregue-se a mim suavemente
Você está tentando encontrar um lado diferente em mim

Você vê esta vida
Como nada além de uma canção sem rima

Hum dap dararah
Hum dap dararah oh

Me dedico com compromisso
Mentindo egoistamente, dando maus conselhos
Entregue-se a mim mais uma vez
Você está tentando encontrar um menino dentro de um homem

Você me pergunta por que
Nós sufocamos nossa vidas sob o céu

Hum dap dararah
Hum dap dararah oh

Talvez estejamos perdendo toda a razão nas nossas brigas tolas
Talvez desta vez parecerá correto
Quero te falar sobre
O dia em que nos conhecemos e
Como eu me sinto quando você me abraça forte
Oh, e como você mudou minha vida

Hum dap dararah
Hum dap dararah oh
..........................................................................................
Não há razão nenhuma! "Nothing but a song"...
It's just... Beautiful and Sad!
A música é perfeita! Linda e inquietante....

sábado, 5 de janeiro de 2008

"This Years Love"



Eu deveria escrever algo pra fechar o ano.
Com boas expectativas sobre esse novo tempo por vir.
Mas eu não sinto que nada disso seja meu.
É como se eu apenas incorporasse pedaços de outras pessoas na minha pessoa.
As reflexões sobre esse ano que acabou de passar foram tantas
que eu já nem sei se tenho algo a dizer.
Apenas que os momentos foram muitos...
e intensos.
Não é sobre toda aquela caretice de fim de ano.
São simplesmente momentos...
lembranças...
E no fim das contas
Vão haver muitas que eu vou gostar de lembrar...
E muitas que eu nunca vou entender.
Mais um ano começando...
e é sempre o mesmo ano!
Como qualquer outro na minha vida.
Um ano sobre decisões...
Sobre coisas a superar...
Sobre segredos que gritam dentro de mim sem que eu os deixe escapar.
Mais um ano como todos os outros...
E eu sei disso!
Não é que eu não tenha expectativas...
As perspectivas só não são muitas.
Mais um ano...
E mais uma vez reconstruindo pilastras...
Eu sei!
Não faz muito sentido agora...
Mas nem tudo precisa fazer sentido!


Welcome 2008!